Nem toda perda de fios indica calvície. Entender as causas da queda de cabelo evita diagnósticos precipitados e ajuda no tratamento correto.
Acordar com fios no travesseiro ou notar o ralo do chuveiro cheio de cabelo pode gerar preocupação. Mas, afinal, será que toda queda de cabelo aponta para um quadro de calvície?
A resposta é: nem sempre. A perda capilar pode ter diversas origens e nem todas estão relacionadas à alopecia androgenética, também conhecida como calvície hereditária.
O couro cabeludo possui cerca de 100 mil fios, e é natural que entre 50 e 100 deles se soltem diariamente. Esse processo faz parte do ciclo de renovação dos cabelos. Os fios antigos caem e dão lugar a novos, em um ritmo equilibrado.
Alterações hormonais, mudanças na alimentação, uso de medicamentos ou situações de estresse intenso podem causar uma queda de cabelo temporária, que tende a se normalizar em poucas semanas.
Na alopecia androgenética, os fios caem e não são repostos com a mesma força. A raiz enfraquece progressivamente, o cabelo afina e os espaços no couro cabeludo tornam-se mais visíveis.
O padrão da perda também é característico: nos homens, as “entradas” e a parte superior da cabeça são as áreas mais atingidas. Nas mulheres, o volume diminui de forma difusa, principalmente no topo da cabeça.
Se a queda for contínua e acompanhada de afinamento dos fios ou rarefação em áreas específicas, vale procurar um dermatologista para investigar se há ligação com a calvície.
Diversas situações provocam perda capilar sem relação direta com alopecia androgenética. Entre elas, destacam-se:
Após o parto, muitas mulheres relatam maior queda de cabelo. Isso acontece por conta das mudanças hormonais e costuma se resolver espontaneamente em até seis meses.
Durante períodos de grande estresse, o organismo pode responder com alterações no ciclo capilar, fazendo mais fios entrarem na fase de queda ao mesmo tempo.
Deficiências nutricionais, como falta de ferro, zinco ou proteínas, também afetam a saúde dos cabelos. Nesses casos, ajustar a alimentação ou suplementar os nutrientes específicos costuma resolver o problema.
Doenças autoimunes, como a alopecia areata, causam falhas arredondadas no couro cabeludo, mas não se confundem com a calvície tradicional.
Sinais como aumento repentino da queda, coceira, ardência ou falhas visíveis no couro cabeludo merecem atenção. O dermatologista é o profissional mais indicado para investigar as causas, solicitar exames, diagnosticar e propor o tratamento ideal.
A detecção precoce da alopecia androgenética faz toda a diferença no sucesso do controle. Quanto mais cedo começa o tratamento da calvície, maiores são as chances de preservar os fios e estimular o crescimento saudável.
A melhor estratégia depende do motivo da queda. Em casos de calvície, o uso de medicamentos como finasterida e minoxidil, além de terapias como microagulhamento e aplicações de laser, podem oferecer bons resultados.
Manter uma rotina alimentar equilibrada, dormir bem, controlar o estresse e evitar químicas agressivas no cabelo também ajudam a preservar a saúde dos fios.
Nem toda queda de cabelo significa perda definitiva. Observar os sinais, entender o próprio corpo e contar com apoio médico qualificado evita preocupações desnecessárias e garante que, se houver risco de calvície, ele seja tratado da forma correta e no tempo certo.
Saiba que todo procedimento envolve riscos. Consulte sempre um médico.
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