O lipedema é uma condição ainda pouco conhecida, mas que afeta milhões de mulheres em todo o mundo, incluindo aquelas que mantêm um peso corporal dentro do normal.
Muitas pessoas acreditam que se trata apenas de um “acúmulo de gordura localizada”, mas o lipedema é, na verdade, uma doença crônica que causa inflamação e aumento desproporcional de gordura, especialmente nas pernas e nos braços.
Por isso, pessoas magras também podem ter lipedema, e entender como ele se manifesta é essencial para buscar diagnóstico e tratamento adequados o quanto antes.
O lipedema é uma condição médica caracterizada pelo acúmulo anormal de gordura em áreas específicas do corpo, principalmente nas pernas, quadris e braços. Diferente da obesidade, o lipedema não está diretamente relacionado à alimentação ou ao sedentarismo, trata-se de uma alteração do tecido adiposo com origem genética e hormonal.
Ele afeta quase exclusivamente mulheres e tende a se manifestar ou agravar em períodos de mudanças hormonais, como puberdade, gravidez e menopausa.
A gordura causada pelo lipedema é resistente a dietas e exercícios, o que gera frustração em muitas pacientes que não entendem por que o corpo não responde aos esforços de emagrecimento. Além disso, o problema pode causar dor, sensação de peso nas pernas, inchaço e até manchas arroxeadas na pele.
O lipedema nas pernas é o sintoma mais característico da doença. Ele costuma surgir de forma simétrica, afetando as duas pernas de maneira semelhante, o que o diferencia da linfedema, por exemplo, que normalmente causa inchaço em apenas um lado.
As pernas ganham volume de maneira desproporcional em relação ao restante do corpo, e a pele pode apresentar sensibilidade ao toque e tendência a hematomas. Em muitos casos, os pés permanecem finos, enquanto a gordura se concentra nas coxas, joelhos e tornozelos, criando um formato típico em “coluna”.
Pessoas magras que sofrem de lipedema frequentemente relatam dificuldade para vestir calças ou sapatos devido ao inchaço nas pernas, mesmo mantendo o peso estável.
Esses sinais são fundamentais para identificar o lipedema e diferenciá-lo de simples retenção de líquidos ou acúmulo de gordura comum.
Saber como identificar o lipedema é essencial, principalmente quando os sinais passam despercebidos por anos. Alguns sintomas ajudam a reconhecer a doença mesmo em quem tem o corpo magro e aparentemente saudável:
O diagnóstico é clínico, feito por um cirurgião vascular ou cirurgião plástico especializado. Em alguns casos, o médico pode solicitar exames de imagem para descartar outras condições, como linfedema ou insuficiência venosa.
Reconhecer os sinais logo no início é a melhor forma de evitar o agravamento da doença e preservar a qualidade de vida.
A presença do lipedema em pessoas magras se explica pela origem genética e hormonal da condição. Diferente da gordura comum, o tecido adiposo afetado pelo lipedema não responde ao déficit calórico, ou seja, ele não é eliminado com dietas restritivas nem com treinos de alta intensidade.
Por isso, mulheres com peso considerado baixo podem apresentar acúmulo de gordura localizada nas pernas e braços, sintomas dolorosos e alterações estéticas.
Além disso, o metabolismo das células adiposas do lipedema é diferente do tecido gorduroso tradicional, o que torna essa gordura mais resistente à quebra natural do corpo. Essa característica explica por que muitas pacientes passam anos sem um diagnóstico correto, acreditando que o problema é apenas “gordura difícil de sair”.
O tratamento do lipedema deve ser multidisciplinar e adaptado ao grau da doença. Em fases iniciais, medidas conservadoras costumam ajudar a controlar os sintomas e reduzir o desconforto. Entre as abordagens mais utilizadas estão:
Nos casos mais avançados, quando há grande acúmulo de gordura e dor, pode-se recorrer à lipoaspiração específica para lipedema, uma técnica que remove seletivamente o tecido afetado, preservando vasos linfáticos e promovendo alívio duradouro.
Receber o diagnóstico de lipedema pode ser desafiador, mas também libertador. Saber que o incômodo não é resultado de falhas pessoais, e sim de uma condição médica, permite encarar o tratamento com mais confiança e autocompaixão.
Com o acompanhamento de profissionais especializados, é possível aliviar os sintomas, recuperar o contorno natural do corpo e conquistar mais bem-estar físico e emocional.
Na Clínica Dra. Luciana Pepino, o tratamento é conduzido com foco em resultados seguros e personalizados, valorizando a individualidade de cada paciente e oferecendo apoio completo desde o diagnóstico até o pós-tratamento.
Saiba que todo procedimento envolve riscos. Consulte sempre um médico.
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