Por mais que algumas cirurgias sejam eletivas, ou seja, o paciente que escolhe se submeter ao procedimento. Ninguém está disposto a sentir as dores causadas por uma incisão na pele ou mesmo a quebra de um osso durante a intervenção. Ou pior, já pensou ter que fazer uma cirurgia por questão de saúde e ter que aguentar tudo acordado, sentindo cada movimento do médico?
Era isso que acontecia até meados do século 19. Quando os cirurgiões precisavam realizar a intervenção o mais rápido possível para tentar diminuir o sofrimento do paciente. Apesar de a anestesia existir para poupar os pacientes de tamanho desconforto. Muitas pessoas ainda sentem medo da anestesia.
Saiba que, quando os devidos cuidados são tomados, os riscos da anestesia são minimizados e não há o que temer! Uma dica para você ficar mais tranquila é conhecer o maior número de informações sobre esse procedimento.
A palavra “anestesia” vem do grego e significa “ausência de sensibilidade”, incluindo a percepção da dor. Inclusive, os primeiros relatos do uso de substâncias para evitar a dor (no caso, ópio e derivados da planta Solanum) vêm da Roma e da Grécia Antigas, o que mostra que não é de hoje que tentamos tornar os procedimentos mais confortáveis para os pacientes.
A indicação da anestesia geral é para cirurgias mais complexas. Como aquelas que envolvem remoção de órgãos como a vesícula, cortes no intestino, procedimentos ortopédicos, entre outros. Quando não é possível bloquear a sensibilidade de todos os tecidos que serão manipulados.
Além de bloquear a dor, a anestesia geral promove a paralisia dos músculos (para que o médico possa trabalhar de forma segura), bloqueio dos reflexos, amnésia e inconsciência – é por isso que dormimos quando somos anestesiados.
A anestesia geral é composta por quatro etapas. Na primeira, chamada de pré-medicação, costuma ser administrado um medicamento ansiolítico (os populares “calmantes”) para que o paciente já esteja mais tranquilo quando chegar o momento da cirurgia.
A segunda etapa, chamada de indução, é que a causa a perda da consciência no paciente O qual fica no chamado “coma induzido”. Para tanto, a substância mais utilizada é o propofol. Que é administrado por via intravenosa. Para garantir que o paciente não vai sentir dor. O anestesista também utiliza um medicamento analgésico da família da morfina (opioides), aprofundando o efeito. Nessa fase, o paciente precisa ser entubado e a sua respiração passa a ser feita mecanicamente. De forma a evitar que a saliva entre no pulmão e garantir a oxigenação adequada dos tecidos.
Como os medicamentos utilizados na fase de indução tem duração curta. São utilizados outros anestésicos, geralmente por via inalatória junto com o oxigênio. Para aprofundar e manter a anestesia. Por fim, na etapa de recuperação, os anestésicos vão sendo retirados para que o efeito passe assim que a cirurgia terminar. Ainda, podem ser administrados mais medicamentos da família da morfina para que o paciente não sinta dores ao acordar. É nesta fase que o tubo é removido da traqueia.
A anestesia geral é o procedimento seguro. Desde que realizado por um anestesista. Suas complicações são extremamente raras em pacientes saudáveis – a maior parte dos problemas acontece devido a doenças graves que o paciente já apresentava anteriormente. Alergias, reações anafiláticas e abuso do álcool e tabaco também são fatores que podem aumentar os riscos. Mas eles não necessariamente impedem a anestesia geral.
A anestesia regional é realizada em cirurgias mais simples. Quando o paciente pode permanecer consciente. Porém sem sensibilidade do umbigo para baixo. Assim como a anestesia geral, ela deve ser aplicada por um anestesista.
A anestesia regional se divide em dois tipos principais: raquidiana e peridural.
A anestesia raquidiana costuma ser utilizada em cesáreas e em cirurgias dos membros inferiores. Essa é feita por meio da inserção de uma agulha de pequeno calibre nas costas do paciente com o objetivo de chegar à medula espinhal e injetar o anestésico dentro do líquor. Os nervos que passam pela lombar são bloqueados. O que interrompe a passagem dos estímulos dolorosos originados das pernas e abdômen até o cérebro.
Antes do procedimento, o paciente pode receber uma leve sedação intravenosa e também uma anestesia local para evitar qualquer desconforto. A complicação mais comum da raquidiana é o surgimento de dores de cabeça depois da cirurgia.
Na anestesia peridural ou epidural, por sua vez, o anestésico é injetado ao redor do canal espinhal, e não dentro dele, de forma contínua e por meio de um cateter. Diferente da raquidiana, a peridural permite que o paciente mantenha seus movimentos, o que ajuda na hora do parto normal – uma das indicações desse procedimento.
Em relação à raquidiana, a peridural causa menos dores de cabeça, mas tem um tempo de espera maior entre a aplicação e o efeito anestésico, que também é um pouco mais leve neste caso.
É empregada em cirurgias de pequena complexidade realizadas em áreas pequenas, como remoção de cistos sebáceos superficiais, correção de cicatrizes, retirada de verrugas, bleferoplastias, tratamentos dentários, biópsias, suturas da pele e outros procedimentos.
É realizada por meio da injeção (geralmente de lidocaína) ou aplicação tópica do anestésico na região que será manipulada, de forma a bloquear as terminações nervosas locais temporariamente e, assim, suprimir a sensibilidade à dor.
Diferente das anestesias geral e regional, a anestesia local não requer a presença do anestesista. Podendo ser realizada por várias especialidades de médicos. Os efeitos colaterais, quando existentes, são de baixa intensidade.
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Saiba que todo procedimento envolve riscos. Consulte sempre um médico.
Dra. Luciana L. Pepino.
Diretora Técnica Médica
CRM-SP: 106.491
RQE: 25827
Membro da ISAPS – International Society of Aesthetics Plastic Surgery
Membro da ASPS – American Society of Plastic Surgeon
Membro Especialista em Cirurgia Plástica pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica SBCP
Residência em Cirurgia Plástica no Hospital Universitário São José – Belo Horizonte – MG
Residência Médica em Cirurgia Geral no Hospital Universitário São José – Belo Horizonte – MG
Formada em Medicina pela faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais – Belo Horizonte – MG
Dra. Luciana L. Pepino.
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