Cirurgia plástica e cigarro não combinam. Entenda os riscos adicionais das intervenções em pacientes fumantes e porque interromper esse mau hábito!
Uma união que certamente não combina é a de cirurgia plástica e cigarro. Apesar de amplas informações sobre os malefícios do tabaco, ao realizar intervenções cirúrgicas as consequências são ainda mais danosas.
O cigarro aumenta as chances de problemas durante a cirurgia plástica e também no pós-operatório, sendo que uma das principais recomendações pré-cirúrgicas é a interrupção, preferencialmente definitiva, desse mau hábito. Entenda melhor a seguir!
Apesar de muitas pessoas associarem os prejuízos do cigarro unicamente ao sistema respiratório esse é um dos problemas, mas está longe de ser o único.
O tabaco causa a elevação dos radicais livres no organismo, moléculas prejudiciais que causam o envelhecimento precoce das células e consequentemente sua morte.
Por conta desse processo, cirurgia plástica e cigarro definitivamente não combinam, pois o tabaco favorece o envelhecimento precoce, comprometendo a estética que a cirurgia ou mesmo procedimentos estéticos buscam melhorar.
Um dos principais problemas causados pelo cigarro no organismo é a diminuição da espessura dos vasos sanguíneos, prejudicando a circulação e oxigenação das células, além da distribuição adequada de nutrientes.
Se com a vida normal esses fatores são extremamente prejudiciais à saúde, ao realizar uma cirurgia plástica, essa situação pode comprometer a segurança da intervenção e os resultados alcançados.
Caso a paciente tenha o hábito de fumar, algumas cirurgias plásticas podem ser ainda mais perigosas e até contraindicadas. Esse é o caso da lipoaspiração e abdominoplastia que demandam elevado descolamento de pele e podem resultar em riscos elevados para:
Cada tipo de procedimento pode apresentar um risco específico tanto no momento da cirúrgica plástica como no pós-operatório.
No caso da rinoplastia, por exemplo, o cigarro causa sensibilidade na mucosa nasal, prejudicando a capacidade respiratória do paciente e comprometendo a oxigenação.
Em pacientes que realizam o lifting facial há riscos aumentados de necrose dos tecidos, comprometendo a saúde e também os benefícios estéticos almejados.
Os riscos da relação cirurgia plástica e cigarro continuam no pós-operatório. Como visto, o tabaco prejudica a microcirculação sanguínea, responsável pela chegada de oxigênio e nutrientes nos tecidos em recuperação.
Sem a disponibilidade adequada de oxigênio, a cicatrização é mais lenta e pode ser comprometida devido aos outros riscos do pós-operatório, como seroma, que consiste em um líquido amarelado indicando má evolução da recuperação.
Estudos apontam que as chances de complicações em pacientes fumantes são duas vezes maiores do que em não fumantes. A baixa disponibilidade de antioxidantes para síntese de colágeno é um dos responsáveis desse problema e da lentidão da cicatrização.
Outra questão relevante é que o cigarro aumenta a incidência de tosses e infecções respiratórias, podendo resultar em elevação da pressão arterial, sangramento, abertura dos pontos ou mesmo hérnias.
Devido aos prejuízos à saúde é recomendado que a paciente pare de fumar de forma definitiva para que não tenha os riscos relacionados com a união de cirurgia plástica e cigarro.
Caso não seja essa a vontade da paciente, o especialista poderá indicar o período mínimo de abstinência. Em geral, ele deve se iniciar um mês antes da cirurgia plástica e continuar, no mínimo, até um mês depois.
Dessa forma, a paciente terá melhores chances de uma intervenção cirúrgica segura e um pós-operatório com evolução satisfatória. Apesar disso, apenas um cirurgião plástico poderá fazer as recomendações específicas do caso. Agende sua consulta!
Saiba que todo procedimento envolve riscos. Consulte sempre um médico.
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