Mama acessória: o que é, como identificar e tratamentos

A mama acessória pode causar incômodo físico e estético, mas existe tratamento para aliviar os sintomas e melhorar a autoestima.

A mama acessória é uma condição congênita que se manifesta com o aparecimento de tecido mamário em regiões fora do local anatômico usual das mamas. Apesar de ser uma alteração relativamente comum, ela ainda gera dúvidas — especialmente quando se torna visível ou provoca desconforto físico.

Também chamada de polimastia ou mama ectópica, essa formação anormal pode surgir em diferentes áreas do corpo, como axilas, tórax, parte inferior da mama ou até mesmo na região abdominal. Em muitos casos, a pessoa só percebe o problema durante a puberdade, gravidez ou amamentação, momentos em que há estímulo hormonal e crescimento do tecido mamário.

Entenda o que causa a mama acessória, como identificar os sintomas e quais são os tratamentos indicados para cada caso.

O que é mama acessória?

A mama acessória é o desenvolvimento de tecido mamário adicional ao longo da “linha mamária”, uma região que vai das axilas até a virilha e que, durante o desenvolvimento embrionário, pode dar origem às mamas.

Durante a formação do feto, o organismo humano cria pares de estruturas mamárias ao longo dessa linha, mas normalmente apenas um par se desenvolve — as mamas que conhecemos. Quando essa regressão natural não ocorre completamente, o tecido excedente pode se manter e crescer, resultando na polimastia.

Esse tecido pode conter glândula mamária, gordura e até mamilos ou aréolas rudimentares. Em algumas pessoas, a mama ectópica passa despercebida por muitos anos, enquanto em outras pode se tornar um problema estético ou funcional.

Como identificar a mama acessória?

Os sinais de mama acessória podem variar de acordo com o volume, localização e quantidade de tecido envolvido. O sintoma mais comum é a presença de um volume anormal, geralmente localizado na axila, que aumenta de tamanho durante os períodos de variação hormonal — como menstruação, gestação ou lactação.

Outros sinais frequentes incluem:

• Sensação de dor ou peso na região
• Inchaço, principalmente no ciclo menstrual
• Presença de nódulo ou tecido mais firme
• Vermelhidão ou inflamação
• Desconforto ao usar sutiã ou roupas justas

Em alguns casos, o tecido pode conter aréola e mamilo rudimentar, mas na maioria das vezes se apresenta apenas como uma “protuberância” na axila ou ao lado da mama.

O diagnóstico é feito com exame físico e pode ser complementado com ultrassonografia, mamografia ou ressonância magnética, para entender a composição e a extensão da mama ectópica.

Mama acessória tem riscos à saúde?

Na maioria dos casos, a mama acessória não representa risco direto à saúde. No entanto, o tecido mamário ectópico pode apresentar os mesmos problemas que as mamas convencionais, como inflamações, nódulos benignos e, raramente, desenvolvimento de tumores.

Além disso, o principal impacto é no bem-estar e na autoestima da paciente, especialmente quando há desconforto físico, dor recorrente ou comprometimento da simetria corporal.

É por isso que, ao identificar a condição, o acompanhamento com um cirurgião plástico é fundamental para avaliar o grau do problema e indicar o melhor tratamento para a mama acessória.

Qual é o tratamento para mama acessória?

O tratamento depende do incômodo causado, do volume do tecido e dos objetivos estéticos do paciente. As principais abordagens incluem:

Lipoaspiração

Indicada para casos em que a mama acessória é composta apenas por tecido adiposo, sem glândulas mamárias desenvolvidas. A lipoaspiração permite remover o volume com mínima cicatriz e rápida recuperação.

Cirurgia de remoção (ressecção cirúrgica)

Nos casos em que há presença de glândulas mamárias e estruturas mais complexas, a cirurgia de remoção completa é a melhor alternativa. O procedimento é realizado com anestesia local ou geral, e permite eliminar o excesso de tecido, proporcionando simetria e conforto.

Quando a mama acessória tem aréola ou mamilo, a retirada cirúrgica também é indicada por questões estéticas e funcionais.

Monitoramento

Em casos leves, que não causam dor ou incômodo estético, o acompanhamento clínico pode ser suficiente. Nesse cenário, é importante manter exames regulares para avaliar eventuais alterações no tecido.

Quando procurar um especialista?

Ao perceber qualquer alteração de volume, dor ou desconforto na região das axilas ou próximas às mamas, é essencial procurar um cirurgião plástico ou mastologista. Esses profissionais podem confirmar o diagnóstico e orientar se há necessidade de intervenção.

A mama acessória pode afetar a autoestima, causar constrangimentos com roupas e até impactar atividades do dia a dia. Felizmente, existem tratamentos eficazes e seguros para resolver a condição de forma definitiva, com cicatrizes discretas e resultados naturais.

Saiba que todo procedimento envolve riscos. Consulte sempre um médico.