Quando um paciente pensar em fazer uma cirurgia plástica, é comum que ele idealize um resultado praticamente impossível de ser atingido, por isso é papel do cirurgião plástico esclarecer o que se pode esperar do procedimento.
Durante a consulta, o médico deixará claro ao paciente o nível de suavização do problema que poderá ser alcançado com a cirurgia, de forma que o paciente possa ajustar suas expectativas à realidade dos resultados possíveis.
Porém, mesmo estando ciente da dimensão da melhora que a cirurgia plástica trará, o paciente pode não se sentir completamente satisfeito com o resultado obtido. Embora o médico possa ter uma boa perspectiva de qual será o resultado e utilize as melhores técnicas, não é possível garantir ao paciente com 100% de certeza qual será a aparência final. Isso acontece porque não há como controlar o processo de cicatrização, o que pode interferir no resultado da cirurgia.
Por esses motivos, muitas vezes será necessário recorrer a um reparo da cirurgia plástica, de forma a se aproximar o máximo possível dos resultados esperados tanto pelo paciente quanto pelo médico.
Antes de se submeter a uma cirurgia plástica, é essencial que o paciente saiba que, ao receber alta hospitalar, seu corpo ainda não apresentará o resultado final do procedimento. Existe um tempo natural da recuperação que varia de acordo com o tipo de cirurgia, com as condições do paciente e com os cuidados pós-operatórios, não sendo possível avaliar os resultados antes desse intervalo.
Nos dias seguintes à cirurgia, o local operado poderá ficar inchado e com marcas arroxeadas, prejudicando a estética do corpo. Nesses primeiros momentos, a aparência poderá ser assimétrica, e as cicatrizes estarão muito evidentes, avermelhadas e espessas. Para você ter uma ideia, confira o tempo de recuperação de algumas das cirurgias plásticas mais comuns:
Esses prazos são estimados e não significam que um reparo será indicado somente depois que o tempo seja transcorrido, mas eles podem ajudar o paciente a se tranquilizar em relação à evolução do resultado da cirurgia. Sempre se deve levar em consideração o tempo necessário para que os tecidos se acomodem em sua nova posição e para que as cicatrizes fiquem mais claras.
De qualquer maneira, é somente seu cirurgião plástico que irá dizer qual o melhor momento para esta abordagem e se realmente ela trará benefícios ao resultado final.
Mesmo que o cirurgião plástico seja extremamente habilidoso e capacitado e utilize as técnicas mais modernas disponíveis, a recuperação de uma cirurgia plástica não é uma ciência exata. Os resultados finais dependem de vários fatores além da perícia do profissional.
Cada paciente responde de um jeito ao pós-operatório, variando a forma como cada organismo será capaz de eliminar líquidos acumulados e reacomodar os tecidos que passaram por modificações.
E, é claro, cada paciente apresenta um processo de cicatrização único, mesmo que o cirurgião plástico utilize exatamente a mesma técnica em todos eles. Em alguns casos, as cicatrizes podem se alargar durante a recuperação, adquirindo um aspecto antiestético e desagradável ao paciente, contrariando seus objetivos ao realizar uma cirurgia plástica.
O resultado da cirurgia em si não será perdido, mas certamente ele será muito melhor (e o paciente ficará mais satisfeito) se for realizado um retoque da cicatriz, melhorando seu aspecto. Esse é um procedimento bem mais simples do que a cirurgia plástica inicial.
Além disso, o resultado final também depende dos cuidados seguidos no pós-operatório. Em uma lipoaspiração, por exemplo, é essencial que o paciente faça as sessões de drenagem linfática recomendadas pelo médico. Ainda, o resultado varia conforme os cuidados como não se expor ao sol, não levantar peso e fazer repouso, pois tudo isso influencia a cicatrização, a reacomodação dos tecidos e a retração da pele.
Em muitos casos, o cirurgião plástico optará pela cautela para a segurança do próprio paciente. Por exemplo: em uma lipoaspiração, é preferível ter que fazer um reparo de uma gordurinha extra que por ventura tenha sobrado do que ter que recorrer a um enxerto para corrigir uma deformação causada pelo excesso de tecido adiposo retirado.
Outro caso é o da ninfoplastia: se a paciente não ficar satisfeita por achar que ainda há pele sobrando, é possível fazer um retoque. Porém, caso a insatisfação surja porque houve um excesso na retirada dos pequenos lábios, a situação é incontornável.
Como não há formas de prever exatamente qual será a retração da pele depois de uma cirurgia plástica, o “pecado pela falta” é muito mais seguro do que o “pecado pelo excesso” nesse caso.
Algo importante a se ter em mente é que um reparo serve para fazer um retoque de pequenas proporções em algo que poderia ter ficado melhor no resultado da cirurgia plástica.
Ou seja, o reparo é indicado para melhorar aparência da cicatriz, a simetria na rinoplastia ou uma gordurinha persistente que resistiu à lipoaspiração de uma área específica, e jamais ser utilizado para perseguir um resultado irreal.
Por isso, antes de optar pela cirurgia plástica, o paciente precisa se certificar que suas expectativas em relação ao resultado são passíveis de serem alcançadas, e o cirurgião plástico é a melhor pessoa para ajudá-lo nessa questão.
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Saiba que todo procedimento envolve riscos. Consulte sempre um médico.
Dra. Luciana L. Pepino.
Diretora Técnica Médica
CRM-SP: 106.491
RQE: 25827
Membro da ISAPS – International Society of Aesthetics Plastic Surgery
Membro da ASPS – American Society of Plastic Surgeon
Membro Especialista em Cirurgia Plástica pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica SBCP
Residência em Cirurgia Plástica no Hospital Universitário São José – Belo Horizonte – MG
Residência Médica em Cirurgia Geral no Hospital Universitário São José – Belo Horizonte – MG
Formada em Medicina pela faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais – Belo Horizonte – MG
Dra. Luciana L. Pepino.
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