Muito se ouve falar sobre a cirurgia plástica e o bem que ela faz ao corpo e à alma, mas a maioria das pessoas que espera conseguir o corpo ideal dessa forma costuma colocar toda a responsabilidade pelos resultados nas mãos do cirurgião. Erro crasso. Na verdade o pós-operatório é quase tão importante quanto a habilidade e a competência do médico – só que, nele, a responsabilidade é toda do paciente. É ele quem deve seguir rigorosamente as recomendações para aumentar o percentual de sucesso da cirurgia. Nessa fase do tratamento, na maior parte dos casos a drenagem linfática é essencial para reduzir edemas, eliminar seromas e reduzir hematomas que costumam aparecer como resultado natural da cirurgia. É ela que vai reduzir o inchaço reduzindo a retenção de líquidos, melhorando a circulação e facilitando o processo de cicatrização ao evitar a formação de fibroses.
Organismo não consegue drenar todo o líquido sozinho
Os benefícios da drenagem linfática depois da cirurgia plástica são vários e abrangentes. Lógico que quem se decide pelo procedimento está a par que ele não é uma coisa simples, afinal, como em qualquer cirurgia acontecem lesões que permitem o escoamento de líquidos do interior das células para a camada logo abaixo da pele. Só que a quantidade acaba sendo maior do que o organismo tem capacidade para drenar, formando edemas e hematomas. É aí que entra a drenagem linfática, dando uma “ajudinha” ao corpo para eliminar todo esse líquido que não deveria estar ali, distribuindo-o para os gânglios linfáticos, diminuindo o inchaço, além de prover a reabsorção de hematomas. Dessa forma, o risco de infecções secundárias também é reduzido.
Técnica alivia a dor e o estresse relaxando o corpo e a mente
Se a drenagem linfática é extremamente necessária ao corpo no pós-operatório, à mente ela é essencialmente benéfica. Os movimentos lentos e cadenciados, precisos e harmoniosos relaxam, aliviando a dor e o estresse. Cada parte do corpo tem seus próprios toques, seguindo um protocolo específico que leva alívio e bem estar ao paciente. A técnica só deve ser aplicada por fisioterapeutas capacitados e especialistas e não deve causar nenhum tipo de dor nem deixar hematomas. Apesar de ser amplamente recomendada após as cirurgias plásticas, ela é indispensável nos casos de abdominoplastia e lipoaspiração, quando algumas placas podem ficar paradas na área do abdome causando deformidade e inchaços. Também deve fazer parte do pós-operatório de pacientes de mastectomia total ou parcial, rinoplastia, hidrolipoaspiração, mamoplastia, blefaroplastia e cirurgias para implantação de próteses de silicone.
Profissional determinará o número de sessões
O tempo de duração do tratamento deve ser determinado pelo profissional qualificado, mas normalmente gira em torno de dez sessões de 45 a 60 minutos cada, duas vezes por semana. É ele também que determinará a data de início, mas normalmente é algo entre cinco e sete dias após a operação. A drenagem linfática também pode ser associada a alguns equipamentos, como endermo e ultrassom, mas é essencial que seja feita no corpo inteiro, independentemente do local da cirurgia, estimulando a circulação linfática geral. Na área operada, no entanto, ela deve ser direcionada tão logo seja possível o toque, de forma suave e detalhada, para reduzir o processo inflamatório, mas tudo deverá ser analisado pelo especialista de acordo com o metabolismo do paciente.
Saiba que todo procedimento envolve riscos. Consulte sempre um médico.
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