As crianças são o símbolo da bondade… Até o dia em que seu filho chega da escola chorando porque algum coleguinha resolver dizer que ele tem orelha de abano. E não são só as crianças: mesmo os adultos caçoam de quem tem a orelha mais aberta.
Embora essa característica não represente nenhum problema de saúde, é fato que ela pode trazer muito desconforto emocional, prejudicando o desenvolvimento da autoconfiança e da autoestima da criança.
Além disso, uma criança que se sinta isolada pode ter problemas no desempenho escolar simplesmente por não se sentir parte do grupo.
Felizmente, a orelha de abano tem uma solução definitiva: trata-se da otoplastia, a cirurgia plástica corretora que pode ser feita em adultos e crianças e resolve de vez esse problema.
A orelha mais aberta é resultado de uma malformação que promove uma rotação do chamado pavilhão auricular e também da ausência uma dobra interna da orelha, chamada anti-hélice. Assim, a borda lateral fica mais distante da cabeça, dando o efeito de orelha de abano.
Com isso, a orelha fica mais saltada, parecendo ser maior do que realmente é e dando um efeito desarmônico em relação à face da pessoa.
Existem diferentes graus de orelha de abano. Existem casos que podem ser disfarçados com os cabelos e outros que ficam muito evidentes, causando os transtornos que conhecemos.
A otoplastia é a cirurgia plástica que tem como objetivo corrigir as alterações que deixam a orelha mais saltada, assimetrias de forma ou problemas de angulação.
No caso da orelha de abano, esse procedimento constrói a dobra anti-hélice que está ausente e diminuir a distância entre a borda da orelha e o couro cabeludo.
O procedimento costuma ser feito com uma incisão atrás da orelha que acompanha a dobra natural da pele. Em seguida, o médico retira o excesso de pele e faz o ligamento da cartilagem, de forma a deixá-la mais maleável, e faz os pontos necessários para manter o novo formato.
A cirurgia pode ser feita ainda na infância. Recomenda-se fazer o procedimento entre os 5 aos 7 anos, pois a orelha já está completamente formada e é nessa fase que a criança começa a se incomodar com a sua aparência.
Além disso, ao se fazer a otoplastia nessa idade, as crianças são poupadas das gozações e dos apelidos depreciativos na escola, evitando problemas de ordem emocional que podem se estender pela vida adulta.
Apesar dessa recomendação, a cirurgia também pode ser feita em adultos que não se sentem confortáveis com a aparência de suas orelhas. Inclusive, é comum que pacientes adultos procurem a otoplastia porque não tiveram oportunidade de fazê-la na infância.
O procedimento cirúrgico em si leva aproximadamente uma hora, mas o paciente ficará internado de 6 a 12 horas e, em geral, receberá alta hospitalar no mesmo dia ou no dia seguinte.
Nas crianças, é utilizada a anestesia geral. Já nos adultos, costuma-se utilizar anestesia local com sedação.
Na maior parte dos casos, o pós-operatório da cirurgia de orelha de abano não é muito dolorido, bastando o uso de medicamentos analgésicos prescritos pelo médico para combater o desconforto.
Contudo, o pós-operatório desse procedimento exige algum nível de maturidade da criança, pois será necessário utilizar uma proteção envolvendo toda a cabeça com faixas nas primeiras 48 horas. O banho completo é permitido depois da retirada dessa proteção.
Depois disso, é recomendado o uso de tiaras de malha por 30 dias para evitar traumas no local, inclusive na hora de dormir. Por algumas semanas, será indicado não dormir de lado para não machucar o local operado.
Devido ao uso das faixas e da tiara de malha, é mais recomendado que as crianças façam a cirurgia durante as férias escolares, assim elas têm tempo suficiente para se recuperar e voltar às aulas sem nenhum tipo de curativo.
Em todo caso, as atividades escolares e profissionais podem ser retomadas dois dias depois do procedimento. É necessário evitar o sol, o frio e possíveis traumatismos na região durante 30 dias, então algumas atividades devem ser suspensas temporariamente.
Os pontos são retirados de 7 a 10 dias depois da cirurgia, sem causar dor ao paciente.
Como toda cirurgia, a otoplastia também deixa cicatriz. Felizmente, ela é bastante discreta, pois se localiza no sulco formado entre a orelha e o crânio, em um local pouco visível.
As mudanças já aparecem quando o curativo é retirado, revelando cerca de 70% do resultado da otoplastia. O resultado final, porém, só pode ser avaliado depois de três meses, quando não houve mais edema e os tecidos estiverem acomodados em suas novas posições.
É normal que o paciente apresente uma leve assimetria entre as orelhas, assim como as pessoas que não tiveram problema com orelha de abano. Essa assimetria, porém, não compromete a harmonia da face.
Quando a técnica cirúrgica é feita corretamente e todos os cuidados do pós-operatório são seguidos, o resultado é definitivo.
O médico autorizado a fazer a otoplastia é o cirurgião plástico. Na hora de escolher o profissional para corrigir a orelha de abano, sempre verifique se ele é membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica para garantir a segurança do paciente.
Saiba que todo procedimento envolve riscos. Consulte sempre um médico.
Dra. Luciana L. Pepino.
Diretora Técnica Médica
CRM-SP: 106.491
RQE: 25827
Membro da ISAPS – International Society of Aesthetics Plastic Surgery
Membro da ASPS – American Society of Plastic Surgeon
Membro Especialista em Cirurgia Plástica pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica SBCP
Residência em Cirurgia Plástica no Hospital Universitário São José – Belo Horizonte – MG
Residência Médica em Cirurgia Geral no Hospital Universitário São José – Belo Horizonte – MG
Formada em Medicina pela faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais – Belo Horizonte – MG
Dra. Luciana L. Pepino.
Diretora Técnica Médica
CRM-SP: 106.491
RQE: 25827
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Membro Especialista em Cirurgia Plástica pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica SBCP
Residência em Cirurgia Plástica no Hospital Universitário São José – Belo Horizonte – MG
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Formada em Medicina pela faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais – Belo Horizonte – MG
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