Já imaginou almoçar metade de uma melancia ou 22 bananas? Conheça o frugivorismo, uma dieta que preza o consumo de frutas cruas e se tornou um estilo de vida
Você já teve ver ouvido falar em alguma dieta da fruta, na qual se consomem apenas porções desses alimentos por alguns dias. Porém, o frugivorismo vai alguns passos além disso: nesse caso, a alimentação se torna uma verdadeira filosofia de vida.
O frugivorismo é um regime alimentar baseado no consumo de frutas preferencialmente in natura, sem qualquer tipo de cozimento, complementado pela ingestão de hortaliças e oleaginosas – e, é claro, com ausência total de produtos de origem animal.
Assim como outras dietas, o frugivorismo pode trazer benefícios e favorecer o emagrecimento, mas é preciso estar de olho em suas desvantagens para não prejudicar sua saúde na tentativa de perder alguns quilinhos.
Mais do que uma dieta da fruta para emagrecer e caber naquele vestido especial, o frugivorismo é visto como um estilo de vida adotado por pessoas que veem as frutas quase que como “presentes da natureza” para a boa saúde.
Para elas, esses alimentos estão em perfeito equilíbrio com o nosso organismo, pois fornecem excelentes quantidades de vitaminas, sais minerais, fibras e antioxidantes, além de terem sabores, textura, suculência e cores muito atrativas ao paladar e aos olhos.
Além disso, os frugívoros seguem o princípio de que sua alimentação não deve causar prejuízos a nenhum animal, por isso não são consumidos produtos como ovos, leite, queijo, mel e, obviamente, carnes de nenhum tipo.
Dessa forma, o frugivorismo é uma espécie de veganismo, mas com preferência a alimentos crus e que tenham caído da árvore ou pé e estejam plenamente maduros – ou seja, trata-se de uma dieta que visa não prejudicar as plantas de nenhuma forma também.
Existe ainda a preocupação com o meio ambiente, pois esse tipo de alimentação dispensa o desmatamento para a prática das monoculturas de cereais (como as grandes plantações de soja) e a criação de gado, uma grande responsável pelo aquecimento global.
Embora seja conhecida como dieta da fruta, as frutas não são os únicos alimentos consumidos pelos frugívoros, que também consomem hortaliças, como alface, beterraba, brócolis, cenoura, couve etc., e oleaginosas, como nozes, castanhas, amendoins, sementes e azeitonas.
No caso das hortaliças, essas adições são feitas para complementar a ingestão de carboidratos, fibras, vitaminas e sais minerais. As oleaginosas, por sua vez, fornecem proteínas e lipídios, que não estão presentes em grandes quantidades nas frutas.
Dessa forma, o frugivorismo é diferente do frutarianismo, um estilo de alimentação que consiste unicamente do consumo de frutas cruas e maduras – ou seja, com uma lista de alimentos permitidos ainda mais restrita.
Assim, a maior parte dos adeptos do frugivorismo segue a chamada Dieta 80/10/10, elaborada pelo especialista em nutrição esportiva Dr. Douglas Graham. Nesse plano alimentar, 80% da ingestão será de carboidratos, 10% de proteínas e 10% de lipídeos.
Ou seja, a dieta da fruta passa longe de ser uma dieta low carb, porém, devido à natureza dos alimentos permitidos, os carboidratos são quase sempre de baixo índice glicêmico, que não causam pico de insulina.
Na dia a dia, os adeptos do frugivorismo consomem 2 quilos de fruta e 2 quilos de hortaliças por dia, além de algumas porções de oleaginosas – tudo preferencialmente cru. As quantidades podem variar conforme o nível de atividade de cada um.
Assim, um almoço poderia consistir, por exemplo, de 5 bananas e 3 mangas para uma pessoa com médio nível de atividade, enquanto um praticante de esportes poderia consumir algo como 22 bananas ou meia melancia em uma única refeição.
Um jantar, por sua vez, poderia ser composto por uma salada imensa com alface, brócolis, abobrinha e outras hortaliças, salpicada com frutas secas e castanhas, mais 1 litro de suco natural.
Qualquer tipo de preparação é permitido, desde que haja o mínimo de processamento e os alimentos sejam mantidos preferencialmente crus. Assim, existem receitas frugíveras de lasanhas, tortas pudins, sorvetes etc., variando o cardápio do dia a dia.
Confira também: O que comer após a musculação? 05 refeições adequadas!
O consumo de alimentos frescos in natura é uma excelente forma de consumir os elementos essenciais para o bom funcionamento do organismo, proporcionando o reforço do sistema imunológico, o combate ao envelhecimento e a perda de peso.
Assim, os adeptos do frugivorismo certamente ingerem uma quantidade incrível de vitaminas, sais minerais e antioxidantes, o que costuma conferir a eles uma pele bonita e saudável, uma menor incidência de gripes e resfriados e um corpo em forma.
Como os alimentos são consumidos preferencialmente crus, os nutrientes são mais bem preservados e os adeptos da dieta passam longe das calorias extras das frituras – além de não ingerir compostos cancerígenos formados nesse processo, como a acrilamida.
Em consequência, produtos como congelados, fast food, embutidos e industrializados em geral, que são os maiores vilões da saúde e do controle do peso, ficam fora do cardápio – favorecendo a saúde e a boa forma.
Como qualquer dieta restritiva, o frugivorismo apresenta alguns contras que devem ser levados em consideração. Muitos nutricionistas apontam que as frutas e hortaliças não oferecem todos os nutrientes necessários ao nosso organismo.
Embora as proteínas sejam mais lembradas nesse caso, o problema maior está na falta da vitamina B12, necessária para o bom funcionamento do sistema nervoso e presente principalmente em alimentos de origem animal.
Por isso, assim como adeptos das dietas vegetariana e vegana, os frugívoros podem precisar de uma suplementação dessa vitamina. Outro elemento que pode fazer falta é o ferro, que é mais bem absorvido pelo organismo quando vem de fontes animais.
Outra desvantagem dessa dieta é que, para evitar a ingestão de pesticidas, o ideal é consumir apenas frutas e hortaliças orgânicas, que são muito mais caras do que as versões “tradicionais” e, por isso, podem ser inviáveis para muitas pessoas.
Por fim, a dieta da fruta é um regime muito restritivo que pode causar limitações sociais, já que a comida exerce um papel muito importante na nossa cultura. E isso, em médio prazo, pode acabar desestimulando o seguimento desse plano alimentar.
Você já tinha ouvido falar no frugivorismo? Acha que seria uma boa opção para o seu estilo de vida? Deixe sua opinião nos comentários e aproveite para conhecer as opções de cirurgia plástica da Dra. Luciana Pepino!
Saiba que todo procedimento envolve riscos. Consulte sempre um médico.
Dra. Luciana L. Pepino.
Diretora Técnica Médica
CRM-SP: 106.491
RQE: 25827
Membro da ISAPS – International Society of Aesthetics Plastic Surgery
Membro da ASPS – American Society of Plastic Surgeon
Membro Especialista em Cirurgia Plástica pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica SBCP
Residência em Cirurgia Plástica no Hospital Universitário São José – Belo Horizonte – MG
Residência Médica em Cirurgia Geral no Hospital Universitário São José – Belo Horizonte – MG
Formada em Medicina pela faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais – Belo Horizonte – MG
Dra. Luciana L. Pepino.
Diretora Técnica Médica
CRM-SP: 106.491
RQE: 25827
Membro da ISAPS – International Society of Aesthetics Plastic Surgery
Membro da ASPS – American Society of Plastic Surgeon
Membro Especialista em Cirurgia Plástica pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica SBCP
Residência em Cirurgia Plástica no Hospital Universitário São José – Belo Horizonte – MG
Residência Médica em Cirurgia Geral no Hospital Universitário São José – Belo Horizonte – MG
Formada em Medicina pela faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais – Belo Horizonte – MG
Assine e receba dicas, novidades, materiais e muito mais.