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Saiba como se forma o pigmento que dá cor à nossa pele

Como você bem sabe, cada pessoa apresenta um tom de pele diferente, assim como a cor dos cabelos e dos olhos. De acordo com nosso código genético, herdado dos nossos pais, avós e demais antepassados, apresentamos determinadas características, que podem sofrer algumas alterações conforme nossa exposição ao meio ambiente.

É bem possível que, alguma vez na vida, você já tenha se exposto ao sol sem a devida proteção. Caso sua pele seja clara, você pode ter sofrido uma queimadura, apresentando vermelhidão, ou pode ter observado o escurecimento das regiões expostas, ficando mais bronzeada. Se a sua pele é mais escura ou negra, é bem difícil que você tenha se queimado.

Essas diferenças existem por causa da variação no número, no tamanho e na distribuição dos melanossomas, as vesículas que carregam a melanina até a camada mais superficial da nossa pele.

Você já deve saber que a melanina é o pigmento que define a cor da nossa pele, pelos e cabelos, mas é interessante saber que essa proteína tem uma função ainda mais nobre: proteger o nosso DNA dos efeitos nocivos provocados pela radiação do sol.

mulher bronzeada com marcas de biquini

Melanogênese

A melanina é uma proteína de pigmentação produzida em células especializadas chamadas melanócitos, que utilizam o aminoácido essencial tirosina como base para a síntese. Essas células estão localizadas na camada mais profunda da epiderme, logo acima da derme, e estão presentes na pele, nas mucosas, nos pelos e na retina.

O número de melanócitos pode variar nas diferentes regiões do corpo, por isso é comum observar diversas tonalidades da cor da pele em qualquer pessoa, seja ela considerada branca ou negra, com áreas mais claras ou mais escuras.

Os melanócitos possuem um citoplasma em formato de glóbulo, com ramificações que se assemelham a tentáculos e se estendem até a camada mais superficial da epiderme. Essas ramificações, que se chamam dendritos, se comunicam com outro tipo de células, que são denominadas queratinócitos.

É por meio desses dendritos que a melanina é transportada até a superfície da pele. A combinação de melanócitos e queratinócitos recebe o nome de unidade epidérmico-melânica e geralmente é composta por um melanócito para 30 queratinócitos.

Dentro dos melanócitos, a produção da melanina é realizada pelas organelas (os “órgãos das células”) chamadas de aparelho de Golgi. Essa organela contém uma enzima chamada tirosinase, que é responsável por oxidar o aminoácido tirosina.

Nesse processo, a tirosina se transforma em pigmento melânico – a famosa melanina. Em seguida, o pigmento se acumula dentro de pequenas vesículas chamadas melanossomas, as quais são transportadas pelos dendritos do melanócito até os queratinócitos da superfície da pele, onde fornecem a coloração.

Eumelanina x Feomelanina

Diferente do que normalmente pensamos, a melanina não é apenas um pigmento castanho. Na verdade, ela se divide em dois subtipos: a eumelanina e a feomelanina. Enquanto a eumelanina realmente tem cor castanha ou preta, a feomelanina apresenta um tom avermelhado ou amarelado.

Além da diferença na coloração, esses dois tipos também diferem em relação à proteção do DNA contra os efeitos nocivos da radiação ultravioleta, com a eumelanina sendo muito mais eficiente nessa função. Inclusive, é por isso que as pessoas de pele escura são menos propensas ao câncer de pele, já que elas possuem mais eumelanina.

mulheres de diferentes tons de pele

Melanina constitutiva x Melanina facultativa

Outra forma de classificar a melanina é nos subtipos constitutiva e facultativa. A melanina constitutiva é aquela produzida pelos nossos melanócitos de acordo com a nossa carga genética. Isso significa que é a melanina constitutiva que dá origem à nossa cor de pele natural, aquela com a qual nascemos.

A melanina facultativa, por sua vez, é produzida por variações hormonais, pelos processos de envelhecimento e, principalmente, pela exposição ao sol. Dessa forma, você pode concluir que, quando nos bronzeamos, nosso corpo aumenta a produção da melanina do tipo facultativa.

Isso acontece porque, quando nossa pele é exposta à radiação ultravioleta, há um estímulo para que a produção de melanina seja aumentada, mas isso não acontece “apenas” para que você fique mais bonita, mas sim para que o organismo possa conferir mais proteção ao nosso DNA.

Entretanto, esse aumento não consegue compensar totalmente os malefícios da exposição prolongada e desprotegida ao sol, e nossa pele acaba ficando vulnerável ao envelhecimento precoce ou mesmo ao desenvolvimento de um câncer. Por isso, mesmo que o corpo produza mais melanina, é indispensável o uso do filtro solar diariamente, mas principalmente antes da exposição ao sol.

No caso dos hormônios, eles podem tanto estimular quanto inibir a produção de melanina. O hormônio melanotrófico, que é produzido pela hipófise, estimular a melatogênese, enquanto a melatonina (um dos hormônios do sono, produzido pela glândula pineal), inibe esse processo. A progesterona, hormônio sexual feminino, também aumenta a produção de melanina, principalmente durante a gravidez – dando origem às manchas mais escuras na pele.

Outro fator que pode levar ao aumento da produção de melanina são as agressões sofridas pela pele, seguidas de um processo inflamatório, como ocorre depois da depilação, quando se extraem cravos e espinhas e forma inadequada e também na cicatrização depois de uma lesão ou cirurgia. Você sabe: se a pele lesionada for exposta ao sol, é bem possível que você fique com uma mancha escura nessa região.

Sapatos cor nude com vários tons em referencia ao tom de pele

Como você viu, além de dar a cor da nossa pele e cabelos, a melanina também é responsável por proteger nosso DNA contra os efeitos nocivos da radiação solar, porém, mesmo que a melanogênese seja estimulada, o aumento na produção do pigmento não é suficiente para evitar todas as chances de um câncer de pele. Portanto, nunca abra mão do protetor solar, mesmo que você pretenda passar o dia todo em um ambiente fechado.

Saiba que todo procedimento envolve riscos. Consulte sempre um médico.



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