Desde muito cedo, as meninas observam as mensagens que estão em todo o lugar falando sobre um padrão de beleza. Nas revistas, nas novelas, nos filmes, nos desfiles, nos comerciais de televisão… Seja onde for, nos deparamos com mulheres que ostentam uma aparência perfeita. Com o corpo esculpido, o rosto impecável e os cabelos esvoaçantes.
Todas essas mensagens constroem uma consciência coletiva do chamado “padrão de beleza”. Que consiste no conjunto de traços e características que definem se uma pessoa é bonita ou não. Quando a menina percebe que não se encaixa perfeitamente nesse padrão. Surge um descontentamento com a própria aparência. Que quase sempre a acompanha pela vida adulta.
Porém, precisamos nos questionar: quem definiu o padrão de beleza? Por que essa é a medida válida para considerar uma pessoa bonita ou não? Será que não podemos admitir a existência de diversos tipos de beleza. Já que somos todos tão diferentes?
É claro que sim! Apesar do reforço constante que recebemos das mensagens que carregam a ideia de um padrão de beleza único. Já faz alguns anos que se começou a falar sobre a existência de vários tipos de beleza. Por mais que algumas vezes seja difícil se lembrar disso. É importante sempre ter em mente que cada pessoa é única. Portanto é impossível que todas sigam apenas um padrão. As características individuais devem ser preservadas e valorizadas. Porque são justamente essas diferenças que nos tornam especiais.
Em 2013, o programa de televisão Fantástico, da Rede Globo, fez uma pesquisa nas ruas para saber se havia uma preferência nacional sobre um padrão de beleza. Os entrevistados deveriam escolher entre três tipos de silhuetas: uma de miss, uma de modelo e uma de “mulherão”.
Os entrevistados não sabiam, mas a silhueta de miss era, na verdade, uma reprodução das formas de Ieda Maria Vargas, a primeira brasileira oficialmente coroada Miss Universo, em 1963. Suas medidas eram 1,70 metro de altura, 90 cm de busto, 60 cm de cintura e 90 cm de quadril. À reportagem, ela contou que na época não estavam disponíveis intervenções como silicone ou Botox®.
A silhueta da modelo, por sua vez, corresponde às formas de ninguém menos do que Gisele Bündchen, que foi considerada a modelo mais bonita do mundo pela revista Rolling Stone e consta no Guinness Book (O Livro dos Recordes) de 2007 como a modelo mais bem paga. Muito mais esguia do que Ieda Maria. Gisele ainda se afasta do padrão de beleza das supermodelos da geração anterior. Que eram extremamente magras – especialmente se lembrarmos de Kate Moss.
Por sua vez, a terceira silhueta do teste, a “mulherão”, correspondia às formas de Valesca Popozuda, a famosa cantora de funk que ficou conhecida no país inteiro em 2013 com o single “Beijinho no Ombro”. Bem diferente de Gisele Bündchen, Valesca tem curvas bem mais generosas e, assim como outras representantes do funk, é conhecida por ter peito, bumbum e pernas volumosos.
Embora as silhuetas de miss e de modelo sejam mais valorizadas e estejam presentes nas mensagens que vemos o tempo todo. O resultado da pesquisa apontou que a preferência dos entrevistados. Tanto homens quanto mulheres, era pela silhueta de “mulherão”, ou seja, aquela com curvas mais acentuadas.
Em 2013, o SENAI iniciou um projeto para medir o corpo dos brasileiros e estipular medidas-padrão para as peças de roupa, contabilizando as medidas de 10 mil pessoas das cinco regiões do país. A pesquisa ainda não foi concluída, mas os dados preliminares indicam que, em média, as medidas das brasileiras são 97,1 cm de busto, 85,4 cm de cintura e 102,1 cm de quadril.
Isso significa que, apesar do padrão de beleza ser a silhueta de miss ou a de modelo, a realidade é que as brasileiras correspondem mais ao tipo “mulherão” – ou seja, não foi à toa que essa silhueta foi a preferida dos entrevistados pelo Fantástico.
As características consideradas padrão não são sempre as mesmas. Na década de 1970, por exemplo, o padrão de beleza brasileiro para as mulheres seria uma Sônia Braga, com coxas destacadas e curvilíneas.
Na década seguinte, porém, o padrão passou a ser como Xuxa e Luíza Brunet, mais altas e longilíneas – tanto é que foi em meados dessa década que as supermodelos magérrimas começaram a fazer sucesso. Na década de 1990, porém, os grupos de axé music estouraram no Brasil. Trazendo dançarinas voluptuosas e cheias de curvas – e estas foram as pioneiras do padrão “mulherão”.
Da mesma forma, o padrão também se modificou em relação a outras características: há algum tempo, somente o cabelo liso e loiro era considerado bonito. A pele branca era sinal (e em partes ainda é) sinal de distinção social. De forma que peles bronzeadas e negras eram consideradas fora do padrão. Além disso, olhos claros eram considerados mais bonitos que os escuros.
Embora ninguém tenha a obrigação de se submeter a procedimentos estéticos como aplicação de Botox®, preenchimento facial, implante de próteses de silicone, lipoaspiração, abdominoplastia, entre tantos outros, essas intervenções podem sim ser aliadas.
Ninguém precisa se martirizar para se encaixar em um padrão de beleza, mas, se alguma coisa na sua aparência deixa você infeliz e insegura, é possível recorrer a um procedimento estético. Pode ser uma ruguinha, a barriguinha saliente, o nariz desproporcional ao rosto: se alguma coisa está incomodando a ponto de prejudicar sua vida pessoal e social. Existem alternativas que você pode buscar.
Não se pode atingir um padrão de beleza único por meio das intervenções porque ele simplesmente não existe – cada pessoa é bonita à sua maneira. O que vale é ter em mente que você deve procurar sempre manter a harmonia das suas proporções. Recorrendo a esses procedimentos se o resultado deles for algo que deixará você mais feliz com você mesma.
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Saiba que todo procedimento envolve riscos. Consulte sempre um médico.
Dra. Luciana L. Pepino.
Diretora Técnica Médica
CRM-SP: 106.491
RQE: 25827
Membro da ISAPS – International Society of Aesthetics Plastic Surgery
Membro da ASPS – American Society of Plastic Surgeon
Membro Especialista em Cirurgia Plástica pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica SBCP
Residência em Cirurgia Plástica no Hospital Universitário São José – Belo Horizonte – MG
Residência Médica em Cirurgia Geral no Hospital Universitário São José – Belo Horizonte – MG
Formada em Medicina pela faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais – Belo Horizonte – MG
Dra. Luciana L. Pepino.
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